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Splitsecond velocity

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Mensagem por 69killer Ter Jun 29, 2010 4:45 pm





Split/Second é a mais recente produção da Black Rock Studios, conhecida pela sua grande experiência em desenvolver jogos de corridas, talvez este nome vos diga alguma coisa se mencionar que este estúdio foi responsável por PURE, um jogo de corridas off-road de moto-quatro lançado em 2008 que foi bem muito recebido pela crítica. Split/Second tem um conceito simples, destruir os carros adversários para ganhar a corrida, muito parecido com Blur, que também está prestes a ser lançado. Apesar de ambos se basearem em ideias semelhantes, existem algumas diferenças. Split/Second aposta na destruição de elementos das pistas enquanto Blur aposta em power-ups nos carros.

É impossível negar que Split/Second vai buscar inspiração a jogos como Burnout, esta foi a primeira sensação que tive quando comecei a jogar. As corridas são frenéticas, quando os carros explodem é peças a voar em todas as direcções, a condução é puro arcade e não conseguimos tirar o pé do acelerador, ou neste caso, o dedo do gatilho.

Outra coisa que reparei de imediato foi o extraordinário grafismo que o jogo apresenta. Visualmente é dos jogos de corridas mais bonitos que já joguei. A luminosidade está tão incrivelmente bem representada que até dá gosto ver a reflexão da luz na pintura cromada do carro. As sombras estão igualmente bem representadas e têm grande complexidade geométrica. A palete de cores usada na criação das pista e ambiente em redor é muito viva, isto chama logo a atenção do jogador e fica-se instantaneamente atraído pelo jogo. Os cenários estão carregados com pormenores, e no meio de tantas explosões, destroços, fumo, uma pessoa questiona-se como é possível acontecer tantas coisas no ecrã ao mesmo tempo.

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As explosões são brutais!

A destruição dos cenários é incrível, existem pontes a cair, camiões e bombas de gás a explodirem, edifícios inteiros a ruírem, aviões a despenharem-se enquanto passámos pela pista de aterragem, derrocadas em desfiladeiros e mais outras situações inimagináveis. Mas, os carros apenas sofrem danos reais e desfazem-se em pedaços se formos afectados por uma “Power Play”, caso contrário, apenas vemos arranhões na pintura do carro.

Os gráficos podem ser aquilo que capta a atenção no começo, mas foi a emoção das corridas que me manteve preso e com vontade de fazer sempre mais uma corrida. Split/Second é um jogo repleto de adrenalina em que apenas respiramos de alívio no final da corrida.

Como referido antes, Split/Second baseia-se na destruição de certos objectos das pistas, a isto chama-se “Power Plays”. Para fazerem isto é simples, quando um adversário estiver a passar por um objecto e um ícone azul aparecer em cima do seu carro pressionem o botão indicado para explodirem esse objecto. Esta acção não pode ser executada sempre que quisermos, primeiro precisamos de encher uma barra que está localizada na traseira do nosso carro. Esta barra tem três slots e podem ser utilizados de várias maneiras. A sua função primária é a destruição de objectos, mas servem igualmente para abrir atalhos. Quando tivermos os três slots cheios, podemos accionar uma “Power Play” especial e de grandes proporções que por vezes até alteram o percurso da pista. Para encherem esta barra vão ter que deslizar nas curvas, aproveitar o vácuo de ar de um outro carro e escapar a explosões.

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Aquele ícone azul quer dizer que podem mandar um adversário pelos ares.

Esta mecânica é sólida, divertida e simples de utilizar, no entanto, contém os seus defeitos. Para começar, não podemos accionar “Power Plays” a qualquer momento, apesar destas serem consideravelmente abundantes. À medida que percorremos a pista as “Power Plays” vão sendo gastas por nós ou pelos adversários e quando chegámos à ultima volta, pouco ou nada há para destruir. Numa tentativa de resolver esta falha, repara-se que foram implementados helicópteros em localizações estratégicas da pista. Os helicópteros funcionam como uma “Power Play”, mas não se destroem, ao invés disso deixam cair barris explosivos se gastarmos um slot.

Se numa corridas estivermos em primeiro, não é possível accionar “Power Plays”, isto significa que estamos completamente sujeitos a levar com um ataque adversário e nada podemos fazer para nossa defesa. A única coisa que é permitido fazer, é activar uma “Power Play” especial usando os três slots, que acaba por ser inútil porque estas só aparecem uma vez em cada volta e têm tendência para estar situadas no início da pista. Então, se estiverem quase a terminar uma corrida e estiverem na primeira posição e forem destruídos, é quase certo que vão perder, isto vai criar a necessidade de repetir várias vezes a mesma pista, o que acaba por se tornar frustrante.

O modo carreira leva-nos a uma série televisiva chamada Split/Second que contém 12 episódios. O objectivo é somar pontos ao longo dos episódios e chegar ao fim da temporada em primeiro lugar. O jogo consegue transmitir bem a sensação de que estamos realmente numa série, no final e início de cada episódio é mostrado um vídeo a promover o episódio seguinte. Cada episódio está estruturado em seis corridas de diferentes tipos. Para se classificarem para o próximo episódio necessitam de terminar a “Elite Race” de cada episódio na primeira, segunda ou terceira posição. Não é obrigatório completar as seis corridas de cada episódio, só precisamos de completar a corrida referida em cima. Dependendo da nossa classificação, no final de cada corrida ganhamos pontos. Com esses pontos desbloqueiam-se novos carros, quantos mais pontos tiverem, melhores serão os carros. Por esta razão, não aconselho a completarem apenas a “Elite Race”, pois terão carros inferiores aos vossos adversários.

Os carros não tem marca e a sua personalização é deveras limitada. Apenas podemos mudar a sua cor, e mesmo essa é limitada. Conforme desbloqueamos Achievements/Troféus são adicionados automaticamente e obrigatoriamente ao nosso carro vinis a simbolizar esses Achievements/Troféus. Os carros não estão propriamente divididos em classes mas pode-se classificar os diferentes carros em jipes, muscle e super rápidos. Alguns carros adaptam-se melhor a certas pistas e tipos de corridas, mas se quiserem uma opinião pessoal, parece-me que os jipes são os carros mais inferiores.

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O avião a despenhar-se é dos melhores momentos do jogo.

Nos diferentes tipos de corridas temos as “Elimination”, “Detonation”, “Air Strike”, “Air Revenge” e “Survival”. Nas “Elimination” existe um cronómetro em contagem decrescente, quando esse cronómetro chega ao final, o carro que estiver na última posição explode e é eliminado. Este processo repete-se até que apenas um carro esteja em pista, esse carro será o vencedor. As “Detonation” são corridas contra o relógio em que temos de bater os tempos dos nossos adversários enquanto somos sujeitos a várias “Power Plays” automatizadas. Em “Air Strike” temos que nos esquivar dos mísseis de um helicóptero e ultrapassar a pontuação dos nossos adversários. As “Air Revenge” são muito parecidas com as anteriores, só que agora o objectivo é destruir o helicóptero o mais rápido possível usando os slots para lhe enviarem vagas de mísseis. No “Survival” somos colocados numa pista com vários camiões que largam barris explosivos, e à medida que ultrapassamos esses camiões ganhamos pontos. O objectivo é atingir uma pontuação mais elevada que os outros concorrentes.

Devo dizer que a quantidade de pistas é muito pouca, são 12 no total. Talvez a razão para isto seja o grande detalhe visual e destruição nelas incluída, talvez a Black Rock Studios não tenha tido tempo ou orçamento para criar mais pistas, mas isto é pura especulação minha. O que é importante referir aqui, é que devido a esta lacuna e por mais frenético que o jogo seja, existe o risco de se tornar repetitivo para alguns.

Para aliviar um pouco esta repetitividade têm sempre o multiplayer online, onde podem jogar com oito jogadores, e splitscreen para dois jogadores. Jogar os modos “Elimination” e “Survival” com oponentes reais é completamente diferente e acrescenta ainda mais emoção e diversão ao jogo.

O veredicto é que Split/Second é um jogo espectacular, principalmente no campo visual, que oferece acção pura do princípio ao fim. Para o começo de uma franquia, Split/Second está muito bom, mas tem potencial para muito mais, podia ser um jogo ainda melhor se corrigissem alguns aspectos na mecânica de jogo, sobretudo na utilização dos “Power Plays”, e se tivesse uma maior quantidade de pistas. Após completarem o modo carreira não há muito mais para fazerem para além do multiplayer.

http://www.eurogamer.pt/articles/split-second-analise

Nota:8/10

69killer
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